sábado, 20 de fevereiro de 2010

PELAS RUAS DO INSTINTO






















PELAS RUAS DO INSTINTO

Vendo os braços levantarem-se
Do vento arrancando aplausos
A cada passo dado sobre a fronte
E ao olhar imóvel e teso
Entre as pernas que encerram
Prendendo o tesouro em grades
São as mãos desentendendo-se
De tanto que se estapeiam
Pelos anais da provocação
Que aos poucos se desvenda
De um prazer arrebatado
Escancarando-se
Queimando em todo o lugar
Mar sem fundo em convulsão
Clamando em furor danado
À extravagante, curiosa e bela
Fruta saborosa no cio
Um espetáculo à parte

No quadro de um deserto
A sede e o oásis


Miguel-

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

PEDRA DESFERIDA


PEDRA DESFERIDA

Flagrante ironia
Humilde e refletida
É já ideal que devora
Faz excessos
Mas campeia escancarada

Não passa despercebida
Porque esperta, astuta
Ganha a cena, metáfrase
Que não deixa dúvida
Palavra expressa
Sou irreversível

Miguel-

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010




O FIM AVANÇANDO

É o coração que expia
Sombreada em luto
A ansiedade, essa
Que tira o foco
Chegada sempre
E interminada
Em fantasia
A mente avança
Recua, recruta
A efemeridade
Mas é rainha
Ou santa
Monitorada
Na cátedra sombria

Miguel Eduardo-

domingo, 14 de fevereiro de 2010




Estilizado

Tempo
É som
Em cor
Que se ilumina
Cio...
Se tudo é
O que prevejo
No espelho um candelabro
Oscila maravilhas
Em noite copulada
Esvai-se e fecunda...
Hora sonhada!

Miguel

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

PASSE LIVRE



Mão
Valida
Espalha-se
A vaidade verifica
Sabe a verdade sanguínea
Esgota-se o estoque de horas
Na pausa da noite passa
Cumplicidade fia-se
Brota segredo
Amanhece
Cria


Miguel Eduardo-

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010




Caminho-

Aos Idílios
em acordes
bulevares
meus bosques
mágicas manobras
desenho singular
fúrias...
Deusas Gregas!

Estofo Escarlate
que emociona
como é a Palmeira...
Artemis,um Jardim, na Floresta !

Miguel Eduardo-

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ENQUANTO A BANDA PASSA



Enquanto a Banda Passa

Torna-se ópera fabulosa
Fatalidade da felicidade
Qualquer maneira de dissipar
A força, a moral e a fraqueza

Expressão alucinada
Quanto possível
Zumbe sinistra
E mesmo assim arrebata

Jamais sente ciúme
Do miserável rebanho
Foi anjo de outros
Decerto frívolo e capaz

Estado nefasto
De céu negro
Mais que sombrio
Eu te compreendo

Miguel Eduardo-