segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

IDENTIDADE

Na penumbra do poema ordena-se a pronúncia
Voz na forma do tempo pelos ares
Nadando a braçadas
O tom é dado em chave de poucas sílabas
Apenas essenciais
Mas, nada há de indefinível
Este chega a sentidos sussurrados
Beleza tão clara que se adivinha
Na carícia triste que me embala

Miguel Eduardo-

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Estrela Travessa - Escultural Requinte (DUETO MM)





















Estrela Travessa// Escultural Requinte

Brinca de verão// Sorvendo a brisa
A qualquer ventinho// Uma canção balbucia
Cabelos sorriem// O mar vislumbrando
Olhar que esvoaça// Num farfalhar da maresia
Perfume escondido// Cúmplice da magia

Miguel & Marilândia



domingo, 23 de janeiro de 2011

AFINAÇÃO...




















Afinação...

É num tempo vibrando
Incisivo e suave
Como flores ao vento
Sorrindo

Que soam tambores
No céu já tinto
De sangue
Pintado

E à lembrança se vai
Sem horizonte ou cor
De porta em porta
A sonhar

Pelo clima sedutor
Algo assim grave
Que flui à flor da pele
Alvo cetim

E embora o rigor
E o jeito calmo e terno
É mesmo o que se quer
Sem demora

Miguel Eduardo Gonçalves


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Chão*
























Chão*

novos brocados
em festival
e seu norte
imaginário
imperial
estende-se às palmas!

Miguel Eduardo

*Karinna

domingo, 16 de janeiro de 2011

MUSA DO OUTRO MUNDO
























MUSA DO OUTRO MUNDO

Um olho do azul olhava
Entre nuvens bem altas
Como abismo do dia

Se te conheço o brilho
Que enche de excitação
A mente formosa
Que os gestos enfeita
Nua jóia inclemente
És muito mais que paixão

Na volúpia da posse
Há o rastejar furioso
Do calafrio pela espinha
Ao infinito suspiro

Nada esse instante supera
Tal respirar na boca
Se o desejo cresce no corpo
De ver-te como estás agora
Sensualidade tépida na tez
À maneira que o poeta adora


Miguel Eduardo


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ENTONTECEDOR

















ENTONTECEDOR

Um galo distante marcou hora
Os sabiás calaram-se
Como se quebrassem o silêncio

Assim caminhou
O tom daquela voz
Que dava voltas no espírito
Irritando a penugem dourada
Como o fazem lábios na nuca
E entorpece um beijo profundo

Miguel Eduardo

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Marilândia, Veronica e Miguel em Trio























DESEJO / Ardente / FRENÉTICO

Como a respiração / Ofegante / Envolventes fragrâncias
Onde o sentido dança / Nasce Tesão / Novos horizontes buscam
Acelerado / Urgente / Galopantes labaredas
Enigmático / Imprudente / Vacilantes pegadas
O momento espreita / Exala / Inefáveis aromas
A excitação / e Vontade / Luzes de neon
Rude som dos ventos / (Des)Vestes / A expelir argênteos clarões
A intimidade / Úmida / Entranhas sublimam
Espanta e apaixona / Tórrido / Achas crepitando...
Caminho sem retorno / Ranhuras / Ínvias agruras
Na pele / Ardente / Pulsações em lusco-fusco
Orgasmo em tempestade / de Paixão... / Gritantes desatinos...
Miguel / Veronica / Marilândia

domingo, 9 de janeiro de 2011

VONTADES

























VONTADES

Sem portas
Nem lençóis
Algo de maleável
E secreto

Nas ocupações mais inocentes
Encerra-se o ópio
Sem o que não posso passar

Ímpetos de rubro
São bailes de mim
Beijos em escala
Terraço a beira-mar

SOU VENDAVAL


Miguel Eduardo-