sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Dueto - Orfandade / Estigma

Orfandade* / Estigma-

como vislumbro-te / vestígios
no resquício dos meus versos / de acordes no céu
molhadas letras, sem rumos / luxos da memória
apenas sonho e querer / em diamantada elegância
um dia, uma linha / esse tudo em quase nada
um horizonte futuro / que esquadrinha luares

escorro aflita na face do papel / em mim alguma coisa é tua
busco-te na porosidade / componho a imagem
na minha solidão de ser tua / conversando com a visão
antes da primeira lágrima / que teima sem limites
uma era antes da minha orfandade / na imutável persistência

enlouquece-me esse 'renascer-me' em ti / que se desnuda
lágrima teimosa que sou / em majestosa ilusão
pois sinto-te nas auroras alaranjadas / um beijo profundo calado
nos entardeceres róseos / eriçados pelinhos
e no marinho das noites / horas douradas
que são eternamente nossas... / da lua até o amanhecer!

renasço a cada pensamento teu / joia como o sol
em cada golfada do teu ar / musical
sou vitoriosa / linda e amante
a morte assombrada / que o desejo não conta
ante o amor que se faz / é a própria solidão
recolhe-se, vai embora / invisível pulsação...

peço-te / da herança que a palavra seiva
deixa-me escorrer na tua face / como ideia que é perfídia
e reviver em teu lábio que amo / enrubescida fantasia
pois de nada adianta-me viver um minuto a mais / gotejando quimeras
se não for para estar vestida das sedas da saudade / serei como estrelas a piscar
entre teus sonhos reais / que intimamente se refletem!

-somos filhos de uma quântica vontade- / -coisas de alma precisamente-

Karinna* / Miguel-


domingo, 13 de outubro de 2013

Escolhi conforme o capricho




Escolhi conforme o capricho
Cada felicidade vestida de flor
Meus dedos as tocam enquanto escrevo
Este costurado em atapetado perfume...

Como eu, também a lua se aproveita disso
Essas que hão ser as pérolas que vestem seu pecoço
Ou quiçá a cama em que repousa profundamente
Sua beleza que porventura certa intimidade realça
Num leque que se abre em frêmito de beleza
Entre a escrita e o flerte que afagos sugerem

CAMINHOS DA MÚSICA




Caminhos da Música-

Suave razão
Sombras iluminam
Evocando a lua
Claríssimo apelo...

Breve inquietação
Nasce em cada beijo
Risos delirados
Vestem cada mão...

E ainda espiando
São os olhos vivos
Pelo cimo dos gestos
Checando os sentidos!

(Miguel Eduardo Gonçalves)

O tempo... o tempo...



O tempo... o tempo...
Basta-se em viver
Ativo, na dispersão de si
Como as ondas do mar
Que mesmo acabando na praia
Vagamente se repetem...
Nessa vida de flor
Acorda em nova hora
Recriando-se
Perpetua a paisagem
E embora o silêncio
Faz-se perceptível
Inesperadamente!
(Miguel Eduardo Gonçalves)

DESEJO




DESEJO

Limiar
Entre a Essência de Tudo
E o Sagrado Profano

(Miguel Eduardo Gonçalves)

EMBLEMA



EMBLEMA 

Feminina Lua
É opção do agora
Contida no olhar

Cais dos sonhos
A eternidade da aventura
Perpetua-se

(Miguel Eduardo Gonçalves)

POESIA




Poesia...
O coração tem a fórmula
Química do ilimitado
Onde se realizam os sonhos
Qual prazer obediente 
A efeito de fantasia...
E a volúpia se produz
Na mais pura realidade!
(Miguel Eduardo Gonçalves)


Assim...
Por calmas águas
Que meu espírito queira
E siga o caminho por detrás da pele
Verso algum prenuncia o que a vontade alardeia
Que preencha os dias como nada, qual certeza apaixonada
De ver fielmente teus caprichos, senti-los invencíveis e vermelhos como rosas!

(Miguel Eduardo Gonçalves)

*Em cada sopro de uma prece...
Desse-me o amor permanente
Essa inocência que veemente
Dos sonhos não desaparece!
E devesse ela de silente
Ser das flores magnificência
Grata ao sol com os seus lambris
Que em felicidade a reveste
Como estrelas no chão do céu
Vontades loucas se enamoram
Pois esse olhar que vai distante
Explica o mágico sofisma
Carisma inexprimivelmente
E a ele se faz semelhante!

Miguel Eduardo Gonçalves

*Em cada sopro uma prece... (verso da poetisa Karinna*)

PENSANDO COMIGO


Sim, penso que seja uma boa desconectar-se da procurada explicação para tudo e simplesmente apreciar as coisas. E como as há... É só olhar, sentir, achar-se em apenas tato e prazer corporal para, quem sabe, nessa dose diária de vida ir além da imaginação! 
Miguel Eduardo Gonçalves

URGENTE




URGENTE

Sem tempo ao tempo
Germina carícia
Prazer tangente
Que a mente semeia
E deixa a montanha
Entre seus caracóis

(Miguel Eduardo Gonçalves)

POETRIX





PENSAMENTO

Fresquinho
Distante na memória 
Carinho
(Miguel Eduardo Gonçalves)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

MEU TEMA...



Meu Tema-
Jeito de ser prenda
Simples título seu
Que distingue entre tantos
Esse toque primaveril
Em brincadeira de verão

Esculpida!

(MEG)

HAIKAI



Primavera acorda
Num desabrochar de vida

Sabiás madrugam

(MEG)

FIBHAIKU

À
Frente
Os sonhos
Pensamentos
Prendem-se à magia

Colorindo a vida em fulgor...

(MEG)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

DESEJO

 
 
 
 
DESEJO

Como a respiração, vida acordada
Onde o sentido dança o cotidiano
Acelerado, atravessando os tempos

Enigmática face do silêncio
O momento espreita em febre
A excitação profundamente

Tal som dos ventos enquanto mima
Espanta e apaixona ao mesmo tempo
A intimidade e os órgãos todos

Percorre em caminho sem retorno
Ao que pele responde à medula
Sou Orgasmo em Tempestade

(Miguel Eduardo Gonçalves)

terça-feira, 30 de abril de 2013

Simplesmente-






Simplesmente-


À fatalidade de uma vida
O zumbir do tempo temeroso
Solidão eterna faz o estado...

Juntinho da mente falecida
E assim divagando no escabroso
O corpo ficara abandonado!

Real é a memória oportunista...
Devesse ela ser mais folclorista!


(Miguel Eduardo Gonçalves)

Caminhos...

 
 
Caminhos da Música-

Suave razão
Sombras iluminam
Evocando a lua
Claríssimo apelo...
...
Breve inquietação
Nasce em cada beijo
Risos delirados
Vestem cada mão...

E ainda espiando
São os olhos vivos
Pelo cimo dos gestos
Checando os sentidos!

(Miguel Eduardo Gonçalves)

domingo, 28 de abril de 2013

Rotina...



No cinzento da rotina

Passo a passo um novo gesto

Dando cor à intimidade...

E esse caminhar, capricho

Estagnado no sentido

É o presente como insiste

A tornar o fato em rito!



(Miguel Eduardo Gonçalves)

domingo, 14 de abril de 2013

ENSAIO DOS OLHARES





-magnífica visão universal-




o afeto que se faz / prospera

numa linha dourada / estéril beleza

como plátanos outonais / na escrita

entre as ramagens dos sonhos pares / aceso gume

nas diferenças, tornamo-nos iguais / na paixão



e enxerguei-te ali / ao calor versado

na beirada da curva de ouro / onde me afago

da poesia timbrada / na plenitude dos carinhos

parida das artérias / que orquestram o mormaço

depurada a ferro e fogo / desse verbo em voz



o universo se fez coração / para se conservarem

peito, velino, alma e espírito / o primor e a grata essência

e o rumorejar das ondas dos anos / que perduram

aproximam ainda as letras / vida e alma

as inspirações, as sensibilidades / tal raízes

como airosas se fazem as estrelas / que se entendem

no tinir da doce cumplicidade / nas palavras que são ramos



-olhares se dão em versos pares- / -asas que vão pelo tempo-



karinna* / miguel-





-olhares que se dão em versos pares-



prospera

estéril beleza

na escrita

aceso gume

na paixão



ao calor versado

onde me afago

na plenitude dos carinhos

que orquestram o mormaço

desse verbo em voz



para se conservarem

o primor e a grata essência

que perduram

vida e alma

tal raízes

que se entendem

nas palavras que são ramos



-asas que vão pelo tempo-



miguel-



DE SONHOS




Sussurros*


trago-te um sonho / súbita aspiração
uma mescla de ternuras / em busca de símbolos
essas que pintam olhares / entre lealdades
que atam sussurros / de secretas filosofias
que colhem beijos em brisas.../ submissas

trago-te um sonho / em luz real do sol
uma lucidez tênue / mesclada à escuridão
embargada de emoção / esse desenho mágico
de mãos de areias mornas / como nossas noites
súplicas silentes de carícias... / bailarinas!

trago-te um sonho / da noite cerebral
um verbo absurdo / do tudo que é nada
contornado de estrelas / e possível
como lembranças não vividas / transformada harmonia em solidão
num luar na praia- fabuloso diadema- / eco projetado da maravilha interior

deixo-te um sonho e a(guardo-te) / nada está mudado
espera que se exaure / apenas a eternidade sabe-se
alma que se diz: / feliz quando apareceste em meu silêncio
por favor, não tardes em vir / acrescentando mundo
pois meu olhar cansa-se / enquando lhe faltava vida
e o mar chora sem ti... / devagar como chuva sem vento

-ofereço-te um sonho- / -magnífica visão universal-

Karinna* / Miguel-



-ofereço-te um sonho*-

súbita aspiração
em busca de símbolos
entre lealdades
de secretas filosofias
submissas

em luz real do sol
mesclada à escuridão
esse desenho mágico
como nossas noites
bailarinas!

da noite cerebral
do tudo que é nada
e possível
transformada harmonia em solidão
eco projetado da maravilha interior

nada está mudado
apenas a eternidade sabe-se
feliz quando apareceste em meu silêncio
acrescentando mundo
enquando lhe faltava vida
devagar como chuva sem vento

-magnífica visão universal-

Miguel-

sábado, 13 de abril de 2013

VISLUMBRE




Enquanto o tempo renasce

No que o amanhã teoriza

Quer o destino sorrir

Pelas asas da paixão...

Mas por elas nos traímos

Quimeras que ao longe assomam

Num destino achado exato!


Miguel Eduardo Gonçalves

A Palavra





Materialmente em cena

um teatro em conflito!



Mito que anda sendo imaginado

no rol da liberdade

sempre renovada

como sonho entrecortado.

Uma grande estrada

de alegrias e aflições...



Intelectual rito

confissão apenas

pura aguardente que alivia!




Miguel Eduardo Gonçalves



sábado, 30 de março de 2013

DUPLIX



Instintual// Primordial*



Festim// entre os meus sentidos

Lascivo// teu corpo amor

Vital// nosso arrepio



(Miguel Eduardo Gonçalves)// Karinna*

SEM TEMPO DE REFLETIR



Jardim fechado em mim mas sempre produtivo

Destila aromática fragrância, que embriaga os sentidos

E simétrico jogo se consome, se apossa do imaginário

Alastra no gesto o efeito raro, quase real

Que à mente dá minúcias persistentes e o corpo responde

Sedutora intimidade inesperada. Aguça a inspiração

Esse devaneio inquieta por sussurros de palavras de amor

O desejo que espo...ntâneo sobressai por estrofes indefinidas

Em cada verso inteira poesia no teu ventre escrita!



Miguel Eduardo Gonçalves e Maria Jose Zanini Tauil

Ebulição




Força da beleza

Teima em piruetas

Sedução



(Miguel Eduardo Gonçalves)

CUPIDO




À sombra do delírio é como sente
Da forma mais gostosa que há de ter
Ingênua a manso gesto de prazer

Pois teima ao demonstrar-se plenamente
Esculpida maneira conivente
Afeta à poderosa flor mulher

Alarme que sonoro traz consigo
Um poço de desejo, só libido


(Miguel Eduardo Gonçalves)

Bailarina...



Bailarina

A palavra ensaia

Vai além da hora física

Ecoa a emoção

MEG

sexta-feira, 29 de março de 2013

INFINITO




Loucas fantasias
Abrindo cintilações
Cheias de vontade
De um abraço acolhedor

Sentida presença
Na parede refletida
Sabe a diferença
É linguagem do convite

Restrito gostar
Que revira cada entranha
Foco no prazer
Do erotismo cor-de-rosa

Quando assim estou
A pele toda fascínio
Teu ser se desvenda
Juntando nosso destino

Miguel Eduardo Gonçalves



quarta-feira, 20 de março de 2013

TRIPLIX

 
 
 


Olhares // Como esperas// para sempre...

elos // ciciam palavras // carícias
esculpem sonhos // raízes acesas // aquecem a solidão
colorem os dias... // costurando acordes! // Conforto nos árduos caminhos.

Karinna* // Miguel-// Mardilê

sábado, 16 de março de 2013

FIB



Se


O ar

Sereno

De quem ama

Os olhos partilham

É que o desejo fantasia



Miguel Eduardo Gonçalves

FIB


É


Mimo

O beijo

Pelo toque

Breve sugestão

A germinar como semente


Miguel Eduardo Gonçalves-

Alumbramento




Alumbramento


Essa necessidade eternizada
Tanto tempo num instante

Decerto a imaginação fazendo mundos
Lucidamente um mistério perturbador
Nave que viaja em urgente céu
É tudo que me digo hoje

Verdade de um episódio único
Vinho e pão pela prece que alimenta
Vão para onde silêncio haja de uma flor

Como eu quisera tê-lo exato...
Em cada ato o brilho do amor!


Miguel Eduardo Gonçalves

quarta-feira, 13 de março de 2013

inquietude

 
 
 


inquietude
acima da seda da linguagem
onde se tem tudo e nada há
algo povoado só de olhar
esse toque das horas
como distância inventada
fundida, dispersa e solta
cicatrizada solidão
algo parado no ar
como quimera ou sorriso
em sal temperando a língua
tal beijo no horizonte do mar
 
(Miguel Eduardo Gonçalves)
 

domingo, 10 de março de 2013

CLIMA-





Doçura de mel

essa virtude

na realidade única

de um sorriso...



E além do olhar

o hábito

na corrente sanguínea

cresce

invoca audácias

constrói a paixão...



Penso no gesto

na sua graça

de que se ornar necessita

em chamas!

 
 
Miguel Eduardo Gonçalves

domingo, 17 de fevereiro de 2013

ÂMAGO


 

Embora tácito o futuro

Surgia qual proeza

Que de súbito floresce

Diz uma só coisa

Essa luz que acende o dia

Semente de um momento

O horizonte descortina...

MEG

domingo, 27 de janeiro de 2013

Como Pétalas




Como Pétalas



Elas me pensam

flutuantes fontes se prostram!



Vorazes tons entre sóis e luares

entram no corpo como vozes

o verbo e o sangue...

Segredos intermináveis

além do pensamento

continuam no sonho

fantasma que ignoro

porém, alguém que chama...

E nas malhas dessa vigília

meus dias deixados

em cada aurora do horizonte

são ilhas pontilhadas de esperas.

Um quase menos que nada

que palavra alguma define

apenas costuradas verdades

encerram tardes... Enfim

Esse orvalho de sal e água

que desce como neblina em beijos

qual universo inteiro

orquestra cada mormaço

como se recorda a natureza

enquanto o calendário perdura.


Miguel Eduardo Gonçalves

domingo, 6 de janeiro de 2013

IDEIA FIXA

IDEIA FIXA




Comando ao sentimento dá à visão

Pensar criterioso e aprisionado

Que rouba a um coração apaixonado

A graça interessante da ilusão



Que é hora do furor indisfarçado

Querer que não se oculta em cada mão

Agindo pelos corpos que se dão

Trazido do infinito reclamado



Distante deste mundo corriqueiro

Caminho sem retorno recomeça

Separa-se de nós e volta à pressa



É dele que se alastra alvissareiro

No hipnótico encanto de um luzeiro

O que a vida em prazeres atravessa



Miguel Eduardo Gonçalves