sábado, 17 de setembro de 2011

-Personagem da Índole-




















Em plena ebulição de uma beleza insana a inibição etérea via-se nas máximas
Pelos sonhos indizíveis precisamente durando no tempo em pulsações...

Indagadora confidência de um viver por que se divisa a vontade reflexando
Raiares do leitoso dia pelo vale formado entre os batentes da janela
Em belo quadro em que se desenha a vontade concreta embora flutuante algodão
A própria imagem a se propagar como éter numa promessa apenas -entre lençóis-

Caos de interjeições ante a farta exclamação da ótica lunar que forte se propaga
Sublimando o esforço concentrado de um sol que já se esquiva esplendorosamente loiro!

(Miguel Eduardo Gonçalves)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Artimanha da Arte

Instala-se vagarosamente
No que as palavras ocultam
Mas inominadas, tocam
Dizem nada
Parece que deslizam transparentes
Entanto feições de gritos d’alma
Nem chegam a nascer
Calam-se intocadas, hesitantes...

Venenos poéticos quiçá
Prezam o deboche
Porque extraem todo um “clima”
Num ar estranho e rancoroso
De algo maravilhoso
Miseravelmente!

Será que jamais terá fim?

Se o trono se quebra
Rir-se-á da maldade infinda
De um privilegiado cérebro
Habitado de tudo que é oco, enfim.

Será esse o grau da sensatez humana
Quando analisa o significado das palavras
Extrapolando dos poetas a sensatez
Posto que dão significado ao mundo
Em arte pura, simplesmente...

Miguel Eduardo Gonçalves