segunda-feira, 10 de dezembro de 2018


Eu sou fazedor de flores
E delas fiz-te, pequena
Inteiro buquê de amores 
Porque és a minha açucena



Mutismo de tal dor desesperada!

Impávido caminha o pensamento
Vai pelas veias, ri das multidões
Porque é ao sol que se faz seu sustento
Quando lhe corre o sangue aos borbotões

E o cabelo revolto ante os seus passos
Que por si bate unicamente e voa
Dá-lhe o sinal para estar nos abraços 
Porque é no coração que paira e entoa

E vai além, para dourar o ocaso 
Na imensidade que não toma espaço