No silêncio germina Emoção renascida Seiva do tempo consciente Que a pensa e dá-lhe forma Porém, simultaneamente Tateando o nada, sabe Que reviver não pode
E chegas tu agora À superfície d'alma Em busca do alimento Com que sonhaste um dia Remexendo a ficção De um sonho incendiado E às portas dessa hora Fato que não se acanha Em teu corpo o momento Que incita a bigamia Matando a indecisão De que estive tomado
E entras por um segredo Com teu mágico ser Em jeito de serpente Me virando a cabeça Estagnando o vazio Desta pureza amante Que agora te concedo Mulher de endoidecer Altiva e impaciente Por esta joia acesa E de livre alvedrio Meu sol assediante
Carinho sem demora Que desperte o folguedo Que te pira e te acalma E me faz renascer Com meu ímpeto atento Da paixão mais veemente Capricho da energia Perante essa nudeza Inteira sedução Pela qual me extasio Vencido, apaixonado Meu vício delirante