Orfandade* / Estigma-
como vislumbro-te / vestígios
no resquício dos meus versos / de acordes no céu
molhadas letras, sem rumos / luxos da memória
apenas sonho e querer / em diamantada elegância
um dia, uma linha / esse tudo em quase nada
um horizonte futuro / que esquadrinha luares
escorro aflita na face do papel / em mim alguma coisa é tua
busco-te na porosidade / componho a imagem
na minha solidão de ser tua / conversando com a visão
antes da primeira lágrima / que teima sem limites
uma era antes da minha orfandade / na imutável persistência
enlouquece-me esse 'renascer-me' em ti / que se desnuda
lágrima teimosa que sou / em majestosa ilusão
pois sinto-te nas auroras alaranjadas / um beijo profundo calado
nos entardeceres róseos / eriçados pelinhos
e no marinho das noites / horas douradas
que são eternamente nossas... / da lua até o amanhecer!
renasço a cada pensamento teu / joia como o sol
em cada golfada do teu ar / musical
sou vitoriosa / linda e amante
a morte assombrada / que o desejo não conta
ante o amor que se faz / é a própria solidão
recolhe-se, vai embora / invisível pulsação...
peço-te / da herança que a palavra seiva
deixa-me escorrer na tua face / como ideia que é perfídia
e reviver em teu lábio que amo / enrubescida fantasia
pois de nada adianta-me viver um minuto a mais / gotejando quimeras
se não for para estar vestida das sedas da saudade / serei como estrelas a piscar
entre teus sonhos reais / que intimamente se refletem!
-somos filhos de uma quântica vontade- / -coisas de alma precisamente-
Karinna* / Miguel-
como vislumbro-te / vestígios
no resquício dos meus versos / de acordes no céu
molhadas letras, sem rumos / luxos da memória
apenas sonho e querer / em diamantada elegância
um dia, uma linha / esse tudo em quase nada
um horizonte futuro / que esquadrinha luares
escorro aflita na face do papel / em mim alguma coisa é tua
busco-te na porosidade / componho a imagem
na minha solidão de ser tua / conversando com a visão
antes da primeira lágrima / que teima sem limites
uma era antes da minha orfandade / na imutável persistência
enlouquece-me esse 'renascer-me' em ti / que se desnuda
lágrima teimosa que sou / em majestosa ilusão
pois sinto-te nas auroras alaranjadas / um beijo profundo calado
nos entardeceres róseos / eriçados pelinhos
e no marinho das noites / horas douradas
que são eternamente nossas... / da lua até o amanhecer!
renasço a cada pensamento teu / joia como o sol
em cada golfada do teu ar / musical
sou vitoriosa / linda e amante
a morte assombrada / que o desejo não conta
ante o amor que se faz / é a própria solidão
recolhe-se, vai embora / invisível pulsação...
peço-te / da herança que a palavra seiva
deixa-me escorrer na tua face / como ideia que é perfídia
e reviver em teu lábio que amo / enrubescida fantasia
pois de nada adianta-me viver um minuto a mais / gotejando quimeras
se não for para estar vestida das sedas da saudade / serei como estrelas a piscar
entre teus sonhos reais / que intimamente se refletem!
-somos filhos de uma quântica vontade- / -coisas de alma precisamente-
Karinna* / Miguel-