domingo, 25 de outubro de 2009

VISUAL

De uma jovem mais deusa à pele já se via
Em dourado perene o brilho dos pelinhos
A maravilha própria era o que me ardia
Elevando motivos mais para carinhos

Ecoo-me defronte à vista da virilha
Do púrpuro faminto em gotas que rebrilham
Minando da luzinha em tórrida portilha
Seus cristalinos ais parece que andarilham

De repente o veloz compasso quer e atiça
Salta em fartura, faz estado, e bem medido
Se oferece ao desejo, fome terminal

Dos espasmos um golpe é já por si justiça
Que de afeto oleoso berra tua libido
Onde me quero ver até subliminal

Miguel-

2 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

A luxúria como tema para um belo poema. Parabéns.
Um abraço

Karinna* disse...

*Todas as incidências de um olhar, que extasiado e fascinado, acarinha as reentrâncias desejosas, lúbricas em convite pleno, em pétalas, tais rosas em dádivas...
Toda a transfiguração do momento no requinte de um soneto.
Belíssimo.
Ka*