sábado, 20 de fevereiro de 2010

PELAS RUAS DO INSTINTO






















PELAS RUAS DO INSTINTO

Vendo os braços levantarem-se
Do vento arrancando aplausos
A cada passo dado sobre a fronte
E ao olhar imóvel e teso
Entre as pernas que encerram
Prendendo o tesouro em grades
São as mãos desentendendo-se
De tanto que se estapeiam
Pelos anais da provocação
Que aos poucos se desvenda
De um prazer arrebatado
Escancarando-se
Queimando em todo o lugar
Mar sem fundo em convulsão
Clamando em furor danado
À extravagante, curiosa e bela
Fruta saborosa no cio
Um espetáculo à parte

No quadro de um deserto
A sede e o oásis


Miguel-

2 comentários:

Nina Morelli disse...

Que lindo!

Karinna* disse...

Tempestuoso poema. Gosto do ritmo que imprimes no redemoinho dos atos em carícias que se dão.
Sempre belo! Sempre tocas-me.
BjM-
K*