quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ah, que maravilha!

















Sair da condição, impossível
Vívida em seminal vapor
Bastante para alavancar satisfação
Resolve-se por si, e em si
Porque é a melhor coisa
E única solução
Para o encontro do fio da meada
No inevitável da sensação
Dos movimentos acelerados.

Em perspectiva privilegiada
Uma boca na gota do elixir
Ao compasso da batuta
Que repassa por todos os olhos
Inclusive os meus!
Que mãos inquisitivas
Tanto quanto as minhas
Pelo espelho de vários quilates
Apuram-me o faro que te galga alado
E que desejo pedinte
Ansiando pelo soar do sino
O badalo em flexíveis formas!

Dos segundos eternos, como enlouqueço
E na perfeição do ápice
Que estrondoso circunda
Serena magestade esculpe-se
Num caos de exclamações
Onde encerra-se a razão
Que pinta o clima...


Miguel Eduardo Gonçalves

foto claude fauville

3 comentários:

Anônimo disse...

Uma obra prima para ser apreciada em várias fases, lindíssimo, querido Miguel... Beijos L-

V.Cruz disse...

Quantas arestas se vê nessas frestas...olhos que prenunciam o aquém onde alguém se faz sozinho acompanhado...
Aplausos de multidão...
Bjsss

V.Cruz disse...

Saudades de voce! Passei para deixar marquinha de baton no cantinho da página...
Bjsss Poeta