segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ 2013



FELIZ 2013!




Teremos muita sorte acaso a vida

Preencha-nos com a tal felicidade

Num riso acolhedor como guarida

Sarau da temporada à dignidade!



E a gente faça o instante ser partida

Distante do desejo da verdade

Que imerso num azul tão sem medida

Do céu a solidão inteira invade...



À força dos prazeres deste ano

Versado esperar aqui se faça

Em própria maravilha, soberano



Que assim a nossa parte vem de graça

Qual brilho do frescor de um mar praiano

Que poupa a realidade da ameaça.



Miguel Eduardo Gonçalves

sábado, 29 de dezembro de 2012

POETRIX

Feito Estrela* // Interessante



o sonho // invisível

-apeou- // presente...

no firmamento // incerteza do horizonte!


Karinna* // MEG




domingo, 16 de dezembro de 2012

Ausência...



Essa voz tão ausente
Sem por quê nem aonde
Vai simplesmente
Ser pó da saudade nascente
Que ao silêncio se funde
(Miguel Eduardo Gonçalves)

Taça de Mar



Música praiana trina de um céu transparente
E ao rés do meu chão resvala em silêncio
Herança em taça de mar
(Miguel Eduardo Gonçalves)

Poetrix


Surpreendente amora-
És essa pessoa
Nuvem que nevoa
Nela vou-me embora
(Miguel Eduardo Gonçalves)

Eneassílabo com subtônicas em 5ªs

 
 
Alquimia-

Cintilando sonhos os sentidos
Conflitos guardados pelas pálpebras
Na hora exilada da memória
Desnudando um gênio oportunista...

O corpo ficara abandonado:
Devesse ele ser fantasioso
Distinto da mente entorpecida!
E assim divagando em coloridos

Sou eu me sentindo pelas quebras
Que esbarro nas asas dessa história
Calma solidão mais folclorista!

Alucinação que faz o estado:
Ao zumbir do tempo temeroso
A fatalidade de uma vida!

(Miguel Eduardo Gonçalves)

Ensaio em dodecassílabos



Pois, verdadeiramente altiva é a saliência
Esse detalhe humano salta com veemência

Que o próprio ato, sim, por si já encoraja
E o fato subtendido seja refinado
Que em desejoso sexo o tempo dure e aja
Sem artifício algum, prazer tão aclamado
A exultar paixão, dela a fazer-se ungido
Qual mundo inteiro seja esse calor da gente
Também o desejo sonhe o anseio percebido
Quando seremos fogo ao vento persistente
Vestidos só de céu como um olhar profundo
Num tempo demais claro, azul, arregalado!

(Miguel Eduardo Gonçalves)

Soneto em versos bárbaros

 
 
No desejo de querer sublimar essa paixão
De um encanto me servi para impor-te o preferível
Como fosse o meu prazer escudado na razão
Que te desse as coisas vãs como as quer o iludível

Nessa casca de verniz teu pudor vai sucumbir
E por tanto quanto hás de adorar esse meu dote
Num incêndio em gozos mil queimarás até rugir
Pela chama que jamais tu verás que em mim se esgote
Pois teus olhos que um orvalho de amor há de banhar
É também paixão maior resolvida por um bis
Do romântico erotismo entreaberto à tentação

E então viva inspiração construída de um luar
Infinito e sedutor, sutilmente então me quis
O rigor da realidade a criar a conexão

Miguel Eduardo Gonçalves

Soneto em versos heróicos

Ao carinho das noites estreladas
Mítico, para ser todo delírio
Na seara de vozes encantadas
Timbra singelo tom, faz-se colírio.

E a lua está de mãos deliciadas
Tão cúmplice de nós, em prata lírio
A perpetrar nas áreas mais sagradas
Onde o prazer invade quente e frio...
 
Cálice borbulhante de cristais
A retinir os ais inquietamente
Por suspiros letárgicos... Demais

No frenesi dos corpos mais demente
Radiante gosto, campos siderais
Numa boca enroscada em cada ventre!

(Miguel Eduardo Gonçalves)