Como Pétalas
Elas me pensam
flutuantes fontes se prostram!
Vorazes tons entre sóis e luares
entram no corpo como vozes
o verbo e o sangue...
Segredos intermináveis
além do pensamento
continuam no sonho
fantasma que ignoro
porém, alguém que chama...
E nas malhas dessa vigília
meus dias deixados
em cada aurora do horizonte
são ilhas pontilhadas de esperas.
Um quase menos que nada
que palavra alguma define
apenas costuradas verdades
encerram tardes... Enfim
Esse orvalho de sal e água
que desce como neblina em beijos
qual universo inteiro
orquestra cada mormaço
como se recorda a natureza
enquanto o calendário perdura.
Miguel Eduardo Gonçalves
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