ESTIRPE REAL
Sensível
Chama
Avizinha-se
Içada vela
Entreabre-se
Hipnótica
Lúcida
E sob medida
Pétala de lótus
Miguel Eduardo Gonçalves
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
TRANSEUNTE
Se a vida passageira é a que se vive
Por onde sei que a incerteza se agita
Da natureza álibi não estive
Estátua viva, brilhante pepita
Esse pensar que o tempo inexorável
Num lado inexistente que me fita
Queira e chegue de forma inadiável
Louca hora que vai sem ser vivida
Como clareia o sol e faz-me crer
Verificar-se em novo amanhecer
Teatro de uma nova temporada
Grande sonho que faz o amor valer
Em frasco de perfume raro nada
Como um olhar que acende a madrugada
Miguel-
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
INSPIRADA SENSAÇÃO
INSPIRADA SENSAÇÃO
Aquela que alimenta qual luxúria
Goza por mim carícia e me possui
Num ímpeto airado de volúpia
Pelo que sinto a música conclui
Que há no acorde nova luz em fúria
Porque se me vagueio, a mente intui
Nascer do fundo meu que me resulta
E se aprofunda e faz da pose esguia
Como um olhar certeiro mais exulta
Ritual majestoso que aprecia
E ainda é a gula tanta que me insulta
De quanto vive ali o que me ardia
Esse que o pensamento mal oculta
Raro pleito estrelou-me a companhia
Miguel-
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
NATAL ENTRE AS ESTRELAS
NATAL ENTRE AS ESTRELAS
Numa coloração de neve pura
Papai Noel sorri por entre a barba
De pé em seu trenó sopra aventura
Alimentando os sonhos da criançada
Na véspera o teatro é já montado
A árvore, o presépio e os presentes
Simbolismo que a poucos dá o recado
Mas a festa é por si, resplandecente
A ceia vai ornada à luz velas
Consagrar a família em muita paz
Abertas ao amor suas janelas
E a opinião de cada um se faz
Entre todos altiva e sem querelas
Ordenando a festança ora em cartaz
Miguel Eduardo Gonçalves
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
PINTURA-
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
POEIRA
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
AO MEIO DIA
Quando o sol estiver a pino regulado
E for um abraçar maior que pegue o mundo
O tempo será claro, azul, arregalado
Vestido só de céu, como um olhar profundo
E nós seremos vento em fogo aclimatado
Quando o desejo em ti fizer-se num segundo
Todo o meu será teu, esse calor danado
Exultante paixão, orvalho em que me inundo
Sem artifício algum, prazer em alto grau
Escancarado sexo o tempo inteiro doma
Para o gozo também conosco ser leal
Ânsia de repartir certíssimo sintoma
...Porque nela, bem sei, recolho-me abrasado
...E os gemidos temperam-me o cadenciado
Miguel Eduardo Gonçalves
E for um abraçar maior que pegue o mundo
O tempo será claro, azul, arregalado
Vestido só de céu, como um olhar profundo
E nós seremos vento em fogo aclimatado
Quando o desejo em ti fizer-se num segundo
Todo o meu será teu, esse calor danado
Exultante paixão, orvalho em que me inundo
Sem artifício algum, prazer em alto grau
Escancarado sexo o tempo inteiro doma
Para o gozo também conosco ser leal
Ânsia de repartir certíssimo sintoma
...Porque nela, bem sei, recolho-me abrasado
...E os gemidos temperam-me o cadenciado
Miguel Eduardo Gonçalves
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
DELÍCIA
És chama que arde
Qual pássaro que voa por voar
Quando te quedas
Antes que o desejo chegue
Sentido latejante
Tecido de nuvens e mistério
Pintura de corpos e de versos
Porque teu aroma é presente
Senha que atiça a mente
A memória da pele
Em carinhos de seda
Onde o ímpeto da razão
Viaja em pelos eriçados
A vida inteira
Como dedicatória
Miguel Eduardo Gonçalves
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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