
Vê, aqui onde tocamos
É que fomos sonhos
Castelos de areia
E agora expostos somos
Emissários do desconhecido
Onde é tudo graça etérea
Morde a carne por dentro
Uma euforia que tortura
E longa é como a saudade
Que se aprofunda pelos corpos
No exato que os pelos captam
Eis a anatomia da exaltação:
Onde o desejo cintila mais
É no porquê do se afirmar,
Segredo em que mora a negação!
Miguel-