AO DIA DO ORGASMO (31/7)
Descreve um movimento ante a visão
E o transe ao nu que as vestes dão ao rito
Inventa o desvendar da tentação
Teimando aquela cena em que reflito
No emocionar florindo a percepção...
Manjar que resplandece de incontido
Recato aos ares indo, como são
Decerto as primaveras com que lido
No jovial do tempo da afeição.
E ansia o apetite por mais sorte
Cobiça enquanto passa e dá-me o norte
Urgente intimidade que se inventa...
E a flutuar sutil na fantasia
Beleza que delira nesse dia
Narcótico furor se experimenta!
(Miguel Eduardo Gonçalves)
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