terça-feira, 14 de julho de 2009
DUELO
Há estas palavras
Que estavam guardadas
Chega de papo furado
É pra valer o ensaio
Dos reais significados
São elas objeto agora
Têm vida própria
Nelas não mando mais
Vê como caem, escorregam
Vão pelas pernas, pelas partes
Como dispo-me em versos, da roupa
E colho-te pra mim
Menina marota
Para estudar-te
Tintim por tintim
Poder descobrir a tal da química
Se me confessa o prazer
Como flashes
Que não param
Há estas mãos
Miguel-
TEZ
sexta-feira, 10 de julho de 2009
INDIZÍVEL
quinta-feira, 9 de julho de 2009
AGORA!
Um agudo querer
Revelava-se num sonho
Devorando dúvidas
Em cada tesouro fugidio
Uma impertinência perversa
Fora esse recomeço sem fim
Das idéias que se colidiam
E não cansavam de se experimentar
Linguagem muda
Vinha designada para ser ousada
Impressionar os sentidos
Seios plenos da noite
Despojados e lisonjeiros
Como os pensamentos mais carentes
Miguel-
Ao Sopro dos Versos
segunda-feira, 6 de julho de 2009
ENTRETECIDA
Da lira que até perfuma, dá a nota e ri-se
Porque dos versos sabe e quer dizer que não
O desejo não conta o que o invisível diz
Põe-se a caminho, querendo ser pulsação
Na palavra sem nome, guardada sua lida
Demonstrada modéstia, a própria solidão
Depois foi não sei que, e nem por quem é tida
Nas ondas do ir e vir reside a tentação
Eu sei além, porquanto do amar é tocada
A entrelinha revela a sua meta, resolve
Combatente implacável, na mesma toada
Sempre mais faz seu norte tal prazer secreto
Grão germinado do qual não se viu o pólem
Florescendo, revela seu nome correto
Miguel Eduardo Gonçalves
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