Céu
Guiava
O silêncio
Pastor do vale
Do córrego seco
Cheio de sol e areia
Quieto sob a ponte inútil
Onde a vida vivia, tão triste
A sonhar com o verdor das folhas
E mil garças sobre as copas das árvores
Miguel-
quinta-feira, 28 de abril de 2011
CÉU...
terça-feira, 26 de abril de 2011
PITÉU
sexta-feira, 22 de abril de 2011
BOTE CERTO
BOTE CERTO
Buscando a sorte
Acerta em cheio
Numa orgia de volteios
Narinas abertas
Quando se empina
Ora em gestos rudes
Ora maneiros
Qual touro bravo de rodeio
Que estuda o hábito
E raivoso ataca
Ante a surrealista arena
Ruidosa e trêmula bandeira
Que lhe esconde a brecha
Tolhendo assim a única saída
Quando pela rama rasa que divisa
Vai e se dilata e entra
Força bruta pelo ventre do palco
Às golfadas espumando
E como tocha ao vento
Resfolegante
Sucumbido
Acaba
Miguel-
quinta-feira, 21 de abril de 2011
IMPULSO
Na fala que escutava embargada
Soasse melhor e sem pressa
A palavra que o passado rezava
E de onde onde o silêncio residia
Tal caixa vazia, um vale sombrio
Para desvirginar o meu ouvido
Da monotonia daquela madrugada
Ao afagar, na calada da esperança
Um certo estado de prenhez da alegria
Que na carta à tinta de lágrimas
Se ria a língua dos apaixonados
Miguel-
Soasse melhor e sem pressa
A palavra que o passado rezava
E de onde onde o silêncio residia
Tal caixa vazia, um vale sombrio
Para desvirginar o meu ouvido
Da monotonia daquela madrugada
Ao afagar, na calada da esperança
Um certo estado de prenhez da alegria
Que na carta à tinta de lágrimas
Se ria a língua dos apaixonados
Miguel-
quarta-feira, 20 de abril de 2011
PAIXÃO...
PAIXÃO...
Encerra-se ampla, mágica
Como a noite dos amantes é
Verbo de vulcânicos desejos
Nervoso vento sudoeste
A carne acontece possuída
Queda em festiva convulsão
Em mar revolto guerreira
Não escolhe, dá-se esfomeada
Até o espasmo que esvazia
Olhares apenas harmonizam
Tateando o nada em torno
E o mundo se confunde todo
Alado gozo
Que o silêncio aprofunda
E tudo some
Miguel-
terça-feira, 19 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
ALTERNATIVO
ALTERNATIVO
Quero uma poesia diferente
Sem inquietação de espécie alguma
Como um sorriso de repente
Ser o existir nada comum
Que nunca tenha sido de ninguém
Assim como a floresta virgem
Impenetrável pela densidade
Não condena, explica nada
Emociona simplesmente
Quando diz
Olha, mas não mexe!
E como se a roçasse
Faz-me um pequenino sinal
E as folhas balançam um sim assim
Venha ver-me então meu querido...
Miguel-
sábado, 2 de abril de 2011
VITRAIS DE SONHO
Assinar:
Postagens (Atom)