Cruzar contínuo de divinos ares
Longe dos males, no torpor dos mimos
Na luz dos sonhos que risonho apus
Na longa história que tanto seduz...
Teus merecidos, em sagrados traços
impetuosos como devem ser
Deixam-me louco por vaidoso estado
Posto que busco na vontade o ato!
Já nesse urgente em que me nasce a hora
Rito da alma que o amor consente
Razão se afasta, como sei que adoras...
Que em belo sexo que o apetite sente
Rende-se a regra de uma flor agora
Fugindo ao laço, que se faz ausente!
Miguel Eduardo Gonçalves-
Um comentário:
Ah os ritos da alma! Fugidios laços apertados ou frouxos que atam e desatam o prazer do ato...poesia que por entre tuas linhas de pedras polidas, atritam-se e atiçam faíscas de fogo...reluz!
Bjsss
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