TRISTE SORTE DE ALZIRA?
r - Ah! Não venhas tu Alzira
p - enganar-me uma vez mais!
r - Tu tens sete tretas, louca!
p - E o que eu mais quero hoje é paz.
r - Todo o ardor foi só mentira...
r - Enganar-me é coisa pouca?
p - Enquanto há farinha pouca,
r - Catas teu quinhão, Alzira!
p - Mas quase tudo é mentira:
r - Muito de ti nem sei mais!
p - Cheguei a perder a paz
r - Tua tens a alma mais louca!
p - Mas não penses que és só louca!
r - Virtude, se tens, é pouca!
p - Não sabes viver em paz.
r - Triste sorte, a tua, Alzira...
p - Contigo não posso mais;
r - negar isso é vã mentira
p - e eu não suporto mentira,
r - pois é mal de gente louca!
p - Vou dizer-te uma vez mais:
r - "Virtude, se tens, é pouca"!
p - E não é qualquer Alzira
r - que me tira toda a paz!
p - Mas vamos viver em paz?
r - Deixa de lado a mentira.
r - vem pro lado bom Alzira;
r - declinar é coisa louca!
m - Ideia da coisa pouca
m - Que não deve pensar mais.
m - Esquece a mentira, e mais,
m - Viaja do inferno à paz,
m - Que se a vida é coisa pouca,
m - Tua a fizeste mentira,
m - Por deixá-la assim tão louca
m - À tirana sorte, Alzira.
m - Alzira, queiras não mais,
m - Louca, afastares a paz,
m - Mentira é fortuna pouca!
r - Ronaldo Rhusso, p - Paulo Camelo e m - Miguel Eduardo Gonçalves
Sextina composta em http://descansodasletras.forumeiros.com/
Um comentário:
Miguel, depoius sde tanto tempo, passeando por aqui, vejo o quanto é difícil compor uma sextina, coisas para mestres, como tu, lindíssima, parabéns pela competêcia. Bjs, Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
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