terça-feira, 8 de maio de 2012

SEXTINA




Pusesse por acaso o olhar temente

Em foco o alcançar do universo

Mentira certamente tal pensar

Verdade que sonhou imperiosa

Porque ela se fez demais sutil

Pensar criterioso e aprisionado.



Nos rouba um coração aprisionado

A glória lastreada no temente

Prazer que se destaca por sutil

Medir-se mui deveras universo

Qual nada de uma sombra imperiosa

Desperte-se sublime no pensar.



E agora a separar-se tal pensar

Embora esteja perto, aprisionado

Nos traz enfim a paz imperiosa

Sentida na verdade mais temente

Em vida adormecida no universo

Do ser de um mundo excelso e tão sutil.



Que o homem por querer-se de sutil

Melhor que um murmurado tal pensar

Assopre-lhe de fato do universo

Trazida do infinito aprisionado

U’a mente concebida na temente

Incógnita verdade imperiosa.



Dizer do amém na reza imperiosa

A graça que se faz por mais sutil

Que tão repetitiva jaz temente

Na brisa acumulada no pensar

Herói interessante aprisionado

Um mártir salvador deste universo.



Pudéssemos dizer ao universo

Que a própria gala cai-lhe imperiosa

E assim o dele céu aprisionado

A nós se abriria, por sutil

Se após a morte à alma esse pensar

Vivesse ainda atrelado e assaz temente...



Temente então olhando pro universo

Pensar nessa eminência imperiosa

Sutil, que inda lhe faça aprisionado!



Miguel Eduardo Gonçalves



Um comentário:

Luiza disse...

Miguel, estou aqui quebrando a cabeça para entender o que é uma sextina, afora os versos que são belísimos... Beijos da Luiza De Marillac Bessa Luna Michel