sábado, 28 de julho de 2012

VELOZ



Veloz
Momento da posse
A fome fantasia
Entre salivas...
E própria maravilha
Excesso esvoaça
Entre colinas
Do colo!

(MEG)

domingo, 22 de julho de 2012

PRONTO...


Pronto...


Que ingênua satisfação

Trazes num verso marcada,

Cabe na toda emoção

De uma fada apaixonada!


Sabe refletir a face

De uma força que clamasse...


Essa tua hora de vento,

Que eternidade dourada

De uma razão violentada!


Hoje não trairá tua fé

A sacra palavra até?


Miguel Eduardo Gonçalves



ETERNOS


Ainda que sonhado / invento

O poeta tenta / memórias

Ainda que caído / pelos sentimentos

A poesia arrebenta / cor do mar

Ainda que vaidoso / mas críticos

Os versos humilham / como a paixão

O mais sábio dos diplomas / coisa do destino

E desfila soberano nos corredores / do sorriso

Desabrochando pétalas de mil cores... / da sorte que se lê nas mãos!



Luiza de Marillac Bessa Luna Michel / Miguel Eduardo Gonçalves




terça-feira, 17 de julho de 2012

Excesso de um projeto




-Excesso de um projeto-

Sobre a magia do encaixe

Trouxe a personagem

Simplesmente ao toque

Estendido aos gritos

Infinitos sem margens

Como reações químicas

Equações físicas

-Uma sequência infinita-

 
Miguel Eduardo Gonçalves

MITO




Naquela mente abre-se expandindo

Alheia a tudo, mítica figura

Alada, só da mágica fluindo...


Em quanta luz lhe auréola uma aventura

O céu num tempo que é infinito lindo

E aos olhares pó sob o qual jura!


É onde haverá decerto a pira acesa

Que o paraíso livre da incerteza.


Miguel Eduardo Gonçalves




A noite cai e insiste sem rugido

Como ao olhar constrói-se novo dia

Quando tudo o que traz vai ser vivido

Festim -a todo pano pr’uma orgia-

Que escorre consumindo-se incontido...


Cada aroma esvoaça em fantasia

Vício mais raro volta florescido

Tal como sangue ferve e extasia

Prazer imenso faz-se acontecido


E o tempo, meu destino que, indomável

Ondeia pelos sonhos formidável

Delira em tantas cores, penetrante...


Quem somos é o princípio, é o extremado

Momento d’alma a corpo agasalhado...


Em cada espasmo a estrela em céu distante!


Miguel Eduardo Gonçalves



domingo, 15 de julho de 2012

VASTO MUNDO






Em gaze represada o eu profundo

Qual súbito sentir perene cio

Da sensação um rito que arrepia

Por onde as horas sejam desvario

De se bastar um sol nessa arrelia...

Vindo o céu do sem fim do tempo extremo

Pela janela abrir-se despertado

Na mente resvalando olhar supremo

Que em meio ao foco faz-se deslumbrado

Em quanta luz que vê no vasto mundo!


Miguel Eduardo Gonçalves


terça-feira, 10 de julho de 2012

CONCRETIZAÇÃO DA ABSTRAÇÕES




CONCRETIZAÇÃO DAS ABSTRAÇÕES


De astros e estrelas mansamente na escuridão formigava o céu... Era o impulso traduzido da intenção de ali ficar no inebriante da busca pela dispersão de si mesmo, quando os olhos sondam entre penugens prateadas o cenário!

Uma catedral de sonhos de íntimas afinidades realça como interjeição: essa fantástica bandeira a dar existência material à vida, na ambientação esplêndida acastelada aonde chega o olhar e ultrapassa... Lá começa outra viagem, são outros sentidos que tateiam antes de clarear o novo dia, quando a percepção da realidade fixa-se na sensibilidade, para informar que se é aquele quem o espelho reflete.

Mais de um azul noturno longínquo a sacudir a loucura faz-se na mente quase a expansão do tempo, que se sabe tão medido para quem o sente...

Miguel Eduardo Gonçalves


FRENESI





Luzinha acende-se

E um choque

De ponta a ponta

Apalpa



As estações

Como as da lua

Vão e vêm

Ancoram

Desejo intenso

Suave beijo

O som do riso



Olhar lascivo

Ereto, altivo

O ato



(MEG)

domingo, 8 de julho de 2012

SILHUETA




Que paisagem diferente

Da inocência toda nua

Agora uma rima sente

Caminhando ao pé da lua


Pulsante na exaltação

Que o coração bem sabia

Numa selvagem paixão

Cada carícia é iguaria


Além do beijo indomado

Vai ao encontro de tudo

Furor que tem abraçado

Doce requinte posudo


Miguel Eduardo Gonçalves

sábado, 7 de julho de 2012

Poetrix

Mel Florido


A sabor...

Ao toque,

Inevitável!



(Miguel Eduardo Gonçalves)