sábado, 28 de novembro de 2009

Nas garras de u'a mente entorpecida

Nas garras de u’a mente entorpecida
A vontade degusta e deixa às claras
Onde é que toca e bebe o céu da vida
E fato por que mais te apaixonaras

Pois no prazer que o cetro dá a medida
A atmosfera mostra como encara
Certo oásis delira em acolhida
Mais doce que açúcar demerara

E tudo é degrau que ao outro leva
A vibração que cheira a maresia
Que ondula e que retine enquanto ceva

É aquela coisa louca que extasia
Que faz sentir o corpo ser em névoa
E estar inteiramente em afasia

Miguel-

Um comentário:

Karinna* disse...

*Incrível é a capacidade de externar em poesia o que , humanamente, não há de ter em palavras o que dizer...estando totalmente incapazes de falar ou compreender, a Poesia fala, entende, expressa...toca.
Esse é um dos fascínios da Poesia, talvez para mim, única forma de externar o cerne de uma sensação, emoção, sentimento, que transcende a matéria.
Divaguei...
Tua Poesia é viva e pulsa no leitor.
Esse soneto parece uma música, o ritmo doce e rendido, me cativou.
Admiração e carinho
K*