Mutismo de tal dor desesperada!
Impávido caminha o pensamento
Vai pelas veias, ri das multidões
Porque é ao sol que se faz seu sustento
Quando lhe corre o sangue aos borbotões
E o cabelo revolto ante os seus passos
Que por si bate unicamente e voa
Dá-lhe o sinal para estar nos abraços
Porque é no coração que paira e entoa
E vai além, para dourar o ocaso
Na imensidade que não toma espaço