domingo, 18 de novembro de 2018

Somos o que somos...



Na arte do viver, o nascimento
Por acerto do céu, me validou
Pois foi que então por mim me fiz momento
Silêncio que ninguém reivindicou

O tempo assim falou, jogou-se em flores
Já sei donde advém estado igual
Da estrela que é no céu enquanto fores
A forma em que se viu tal ritual

Efêmero querer tão pertinaz
Areia e terra e pó nem repartidos
Mistura que o amor o mundo faz
Boa, n’alguns ligeiros voos pressentidos

O edifício do bem é adolescente
O mais que pode ser não sei ainda
Na música se fez como torrente
E acaba de fundir minha moringa

Miguel Eduardo Gonçalves

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