quinta-feira, 13 de agosto de 2009

TRAMAS
















Cheiro há que se experimentar
Vivesse na cadência dos rios
E à deriva a vida seguiria
Como se de vento o corpo
Fosse a forma, a substância
E por descuido
De uma janela fechada
A manifestação de fora
Se desse apenas n’alma

Insensível o azul do céu
Ou então o dia escuro
Decifrado dessa forma
Impalpável

E o querido amor
Como a trama do mar
Incalculável paixão
Sonho aventureiro
Real seria e forasteiro
Despontaria
Sem se firmar

Miguel Eduardo Gonçalves

2 comentários:

Retalhos de Amor disse...

Vagas...
Que tremulam o mar
Incertas... Porém!!!

Belo sempre, Amigo Miguel!!!

Beijos muitos...
No coração, viu!!!
Iza

Marilândia Marques Rollo disse...

Conto de fadas
TRAMAS// FLUTUANTES

Cheiro há que se experimentar//De canção das matas
Vivesse na cadência dos rios// Permeada de essências
E à deriva a vida seguiria// Sem destino, ao léu
Como se de vento o corpo//Exibindo sopros
Fosse a forma, a substância// Para dar fôlego
E por descuido//Lânguida, esquecida,
De uma janela fechada//A ensaiar assaltos
A manifestação de fora// Prenunciando fugas
Se desse apenas n’alma// // Querendo arrancar voo


Insensível o azul do céu// Zanzando no infinito
Ou então o dia escuro//Atormentado, nebuloso,
Decifrado dessa forma// Novo ciclo a emergir
Impalpável// Imprevisível, imponderável


E o querido amor// No tempo versado
Como a trama do mar// Flutuante, escancarada
Incalculável paixão// Convidando-me a entrar
Sonho aventureiro//Fugidio, sorrateiro
Real seria e forasteiro// Vindo de outras paragens
Despontaria// A beijar a felicidade
Sem se firmar// Nômade como as nuvens