TRAMAS
Cheiro há que se experimentar
Vivesse na cadência dos rios
E à deriva a vida seguiria
Como se de vento o corpo
Fosse a forma, a substância
E por descuido
De uma janela fechada
A manifestação de fora
Se desse apenas n’alma
Insensível o azul do céu
Ou então o dia escuro
Decifrado dessa forma
Impalpável
E o querido amor
Como a trama do mar
Incalculável paixão
Sonho aventureiro
Real seria e forasteiro
Despontaria
Sem se firmar
Miguel Eduardo Gonçalves
2 comentários:
Vagas...
Que tremulam o mar
Incertas... Porém!!!
Belo sempre, Amigo Miguel!!!
Beijos muitos...
No coração, viu!!!
Iza
Conto de fadas
TRAMAS// FLUTUANTES
Cheiro há que se experimentar//De canção das matas
Vivesse na cadência dos rios// Permeada de essências
E à deriva a vida seguiria// Sem destino, ao léu
Como se de vento o corpo//Exibindo sopros
Fosse a forma, a substância// Para dar fôlego
E por descuido//Lânguida, esquecida,
De uma janela fechada//A ensaiar assaltos
A manifestação de fora// Prenunciando fugas
Se desse apenas n’alma// // Querendo arrancar voo
Insensível o azul do céu// Zanzando no infinito
Ou então o dia escuro//Atormentado, nebuloso,
Decifrado dessa forma// Novo ciclo a emergir
Impalpável// Imprevisível, imponderável
E o querido amor// No tempo versado
Como a trama do mar// Flutuante, escancarada
Incalculável paixão// Convidando-me a entrar
Sonho aventureiro//Fugidio, sorrateiro
Real seria e forasteiro// Vindo de outras paragens
Despontaria// A beijar a felicidade
Sem se firmar// Nômade como as nuvens
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