sexta-feira, 29 de janeiro de 2010





SUCUMBÊNCIA

Triste, louco d'outra sorte
Na lembrança de qual sumo
Beber desejo sem norte

Que sobreviva sem humo
Em cenário que comporte
A sanha do ir sem rumo

Se a vida em sequela parca
O não menos preterido
Grande feito em que se arda
Faz tragicamente o rito

Vai potente e vil embarca
N'abadia ao bel sentido
Qual natura mais bastarda
Saber-se adorno bendito

Miguel Eduardo Gonçalves


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