ENIGMA
Na minha mente dando de aforista
Tua língua escapa quando tu te findas
Viúvo sol do vento amoralista
Solta, pairante voz, lembrança à vista
De um estrelado cio de ideias lindas
No breu noturno acende ela ametista
A ver corando o dia incertas vezes
Ficasse eu só memória e pura crença
Qual uma escada ao céu levando adeuses
Por si demente e esguia ogiva intensa
No mar ser livre e langue tal sereia
Regada em vento bem para na ida
Dar-se em capricho ao ar e à muda areia
Como quisesse ser carícia e lida
Miguel Eduardo Gonçalves
Um comentário:
Um ENIGMA pra lá de motivante e encantador... Muito bom te ler, sempre! Amei a surpresa, Miguel! Grata! Beijos festeiros... rsrsr
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