O BEIJO
De repente, o frescor da boca ávida
Em sua beleza ágil percorreu
Minha manhã de sol em brisa mágica
Segundo que surgiu do nada e ateu
Foi num dado momento fé didática
E então criando vida foi-se o breu
Altas resoluções aureolaram
A carne tenra, o rosto alvo e os passos
Que, como o ar no céu contido é lã
Alegria esquentou sentires lassos
Cenários inflamados coroaram
Pulsantes como ecos em mil braços
Carícias que se foram num afã
De fazer dos temores mil abraços
Miguel Eduardo Gonçalves
Um comentário:
*Só Poesia para retratar a infinitude de um beijo... senti na alma poética o frescor e a ardentia das belíssimas imagens.
Só Poesia faz isso... e é fascínio puro.
Esses teus sonetos são formidáveis.
BjM-
K*
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