quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


















O BEIJO

De repente, o frescor da boca ávida
Em sua beleza ágil percorreu
Minha manhã de sol em brisa mágica

Segundo que surgiu do nada e ateu
Foi num dado momento fé didática
E então criando vida foi-se o breu

Altas resoluções aureolaram
A carne tenra, o rosto alvo e os passos
Que, como o ar no céu contido é lã
Alegria esquentou sentires lassos

Cenários inflamados coroaram
Pulsantes como ecos em mil braços
Carícias que se foram num afã
De fazer dos temores mil abraços

Miguel Eduardo Gonçalves

Um comentário:

Karinna* disse...

*Só Poesia para retratar a infinitude de um beijo... senti na alma poética o frescor e a ardentia das belíssimas imagens.
Só Poesia faz isso... e é fascínio puro.
Esses teus sonetos são formidáveis.
BjM-
K*