quinta-feira, 14 de maio de 2009

KAGEMI (ESPELHO)



















Quando um olhar se congela no breu do espelho
Adiante, onde para mim tudo são palavras
Está o brilho do universo que não vem, fica
Onde os astros e as estrelas, diz o poema
Uma luz intensa esparze, ecoa e enlouquece
Que me separa do eterno em que me reflito
Ser, obra bem acabada de inexplicada
Têmpera, maior mistério da natureza
Mistura de claro e escuro além das metáforas


Miguel Eduardo Gonçalves

Um comentário:

Marilândia Marques Rollo disse...

Quando um olhar se congela no breu do espelho// Enregela toda o ser
Adiante, onde para mim tudo são palavras// Calo, com risos aprisionados por entre chamas
Está o brilho do universo que não vem, fica// Estático
Onde os astros e as estrelas, diz o poema// Derrama sobre mim sedas e cetins
Uma luz intensa esparze, ecoa e enlouquece// Como quem bebe estertores
Que me separa do eterno em que me reflito// Abalado, maltratado
Ser, obra bem acabada de inexplicada// Fotossíntese
Têmpera, maior mistério da natureza// Eclipsada
Mistura de claro e escuro além das metáforas// Simbólicas.

Na diversidade exuberante de teu poetar, cristalizam-se versos de beleza impregnada de magia.
Beijo com carinho.
Marilândia