domingo, 3 de maio de 2009

PASSEIO VÁRIO


















PASSEIO VÁRIO

Se qual perfume em cujo olor, surpresa
Anseio estar um tanto quanto louco
Vem a energia em destrambelho acesa
Regar-me inteiro que indizível é pouco

Aspiração, ar penetrante à mesa
São os caprichos em que não me poupo
Acaso enlevo como tal nudeza
Me pense a entrega, e então o fogo douto

Numa panela que as misture enquanto
As carnes tenras à pele em furor
O aroma em ímpeto apaixone tanto

Goze senhor de resolver calor
O próprio verão a encerrar-se manto
Como se diz a tal palavra amor

Miguel Eduardo Gonçalves

2 comentários:

Renato Baptista disse...

Em sentidos vários, desde os figurados fez a história em soneto do amor que se apresenta fértil e estabelecido...um tanto paixão, um tanto desejo...como um passaio vário.
Abraços*

Retalhos de Amor disse...

Passeio vário...
Nas cores crepitantes
Do teu belíssimo Soneto,
Amigo Miguel!!!

Majestoso!!!

Beijos mais...
No coração!!!
Iza