domingo, 19 de dezembro de 2010
PITÉU
PITÉU
No profundo desse olhar
Onde o sentido nasce
Rotula-se a gente
Girassol aberto
Paixão e mente
Praia da noite
Enluarada
Por toda parte
Perfeitos lábios
Pulsam na rotina
É sempre o primeiro sol
Acordando a hora
No cair do último véu
Miguel Eduardo-
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL
domingo, 5 de dezembro de 2010
INTERVALO
sábado, 4 de dezembro de 2010
DESPERTAR DO POETA
Paira no ar
Loucura mesmo
Aragem fina que vibra
Sabem os versos
Que as intenções decifram
Desejos, e na fala de uma estrela
Que uma janela invada
É dita a palavra indizível
Surgida ao léu, de repente
Música
Céu dispondo em aquarela
Salpicados cristais de luar
Sei no éter matizado e além
Nas transparências
Onde os sonhos se confundem
A cor da vida matizar-se
De inconscientes sentires
E de mentes que se queiram usar
Em poesia tão somente
Miguel Eduardo-
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
BOTE CERTO
domingo, 28 de novembro de 2010
INTROSPECTIVO
INTROSPECTIVO
Fico na sensação de uma vertigem
Errante pela noite afora, ao vento
O coração rasgado em sua origem
Transforma em agonia o sentimento
E a solidão abarca inteira a noite
Na janela enquadrada que aparece
Qual vazio da lembrança como acoite
Na forma que flagela e permanece
E é tão cortante a dor ali pensada
Que a lágrima se põe aqui sentada
Neste colo marcado a ferro quente
Demoníada dor em mim tatuada
Fora um clamor macabro e onipotente
Que traz ainda um tempo que a consente
Miguel-
COMPLEXIDADE
COMPLEXIDADE
No carinho das noites estreladas
Compostas de maneira a ser delírio
No torpor dos sentidos dissipadas
As lentes sobre o nu como colírio
Tal arte está de mãos deliciadas
Sensualidade em nós, prateado lírio
A perpetrar nas áreas mais sagradas
Onde o torpor invade quente e frio
Cálice borbulhante de cristais
Capricho da paixão incandescente
Em suspiros letárgicos e ais
E a força musicada e recorrente
Faz radiante e com gestos ancestrais
Um coquetel de corpos ventre-a-ventre
Miguel-
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
MULTIPLIX
Novidade// Sutil//Invisíveis Liras// Encantos
estrelas em palavras// são toques// ardentes// sonhos febris
tomam-me o corpo// como tochas// sedutoras brasas// atingem-me o coração
no afã de um nome novo...// cada mimo// luzes em pétalas...// nuanças românticas...
Karinna*// Miguel// Marilândia// Mardilê
TRIPLIX
De Amores// Pelo Sorriso // No remanso
sou nada ou infinito// sutilmente //deslizo sem destino
nas rosas que me colho// aveludada // embebo-me do sol
nos beijos que medito...// a ilusão recomeça! // Extravio-me pelo caminho
Karinna* // Miguel // Mardilê
TRIPLIX
Encanto// Tórrido Caminho// Gritando Vontades
Refúgio da noite// luz ambarina// que o flerte começa
Submisso instante// perfumada gruta// a ânsia de sempre
Condição// -desperta e louca-// as sensações ordenha
Miguel // Karinna* // Miguel
foto - ellen von unwerth: brinquedos...
TRIPLIX
Encanto// Horas Mortas // Na Orgia do Sonho
Refúgio da noite// Encasteladas // Luxúrias
Submisso instante//Dormências // Sedentas
Condição// D’horizonte // De mim
Miguel// Marilândia // Miguel
Rio Araguaia - Di Magalhães
MULTIPLIX
Ternura// Embaixadora// da Ilusão// Traço e Laço
com a primavera,// uma nuance// de vermelho// ousado risco
nas asas do sonho// a madrugada esconde// o sofrimento da saudade// verso que acolhe
nasce a paixão// e o mundo se confunde todo// no compasso do tempo// sem solidão...
Mardilê// Miguel// Mardilê// Karinna*
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
ATÉ JÁ
domingo, 21 de novembro de 2010
PÉTALAS
Pétalas
Transportando a mente
Teus lábios
Rabiscam
Idioma silencioso
Que afogueia o ser
Insinuante verbo
Que acende a pele
Tateando o nada
E se forma em torno
Do que é impossível
Dizer-te...
Miguel-
sábado, 20 de novembro de 2010
VOZES
domingo, 7 de novembro de 2010
Jardim que Arde
Jardim que Arde
pelo alto som
da noite afora
-leve sugestão
a íris brilha-
gesto intocado
intacta
cor da saudade
preferida
... e sou estrela
em ecos!
transparência...
Miguel
foto: elsa mota gomes
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
NOITE
NOITE
Intacta saudade
Ainda antes de flor
Hora germinada
Do medo e de todos
Escondida no silêncio
Esquiva palavra
Enquanto o olhar
Puder enxergar o amor
Noite é pensamento
Miguel Eduardo-
domingo, 17 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
ADEUS
Grita a excitação
Os sonhos bóiam
Desfeitos ou não
E tudo ultrapassam
Humano marulho até
Que a pele estala
E perfuma, e tu
Orvalho noturno
Que não me largas
Como algas
Fêmeas almas
És de longe um hálito
Mito calmo!
De quem será
O silêncio que desfila
A esta hora
Inferno ou paraíso-
Aquele que fala
E cala
Como seja
Um dia de alegria
De tristeza
De sol ou chuva
Nublado ou claro...
Seremos assim?
domingo, 26 de setembro de 2010
Chave Mestra
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
A MENTE-
A MENTE-
Como eu quisesse estar ausência tida
Assim a face ao mar em muda areia
Levada em vento, para bem na ida
Ao ar ser livre, como é a sereia
Então, demente e esguia ogiva intensa
Tal uma escada ao céu levando adeuses
Ficasse eu só memória e pura crença
A ver corando o dia incertas vezes
No breu noturno acende ela ametista
Em estrelado cio de estrelas lindas
Solta a vencer sem ter lembrança à vista
Viúvo sol do vento amoralista
Tua língua foge quando tu te findas
Na minha mente feito de aforista
Miguel-
sábado, 7 de agosto de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
MISTERIOSA-
MISTERIOSA-
Um pouco mais de ti se descortina
Recolhe as garras de arranhar
E nos teus lindos ares, bailarina,
Dá-me um cantinho pra enroscar
Que então meu ego, de tantos carinhos
Teu corpo em só paixão febril
o tornará, qual aconchego em ninhos
Minha escritura mais viril
Assim te quero, com esse olhar de gata
Olhar de cio e tão profundo
Que olhando tudo, ferozmente cala
E quanto mais me fico nesse mundo
Imensa fome que arrebata
Veloz atiça a carne e manda fundo
Miguel-
sábado, 26 de junho de 2010
ESCOLHO
quinta-feira, 24 de junho de 2010
DESEJOS
sábado, 12 de junho de 2010
No teu corpo de mulher
quinta-feira, 20 de maio de 2010
CORROMPA O DESEJO
quarta-feira, 19 de maio de 2010
NO ARDOR FACÍNORA DA ESCRITA
domingo, 16 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
POESIA EM SEU INTERIOR GRITA
sexta-feira, 7 de maio de 2010
SIGNIFICADO TATUADO
Pinta um tanto faz
No quê da perturbação
Nuvem que se insinua pena
Embaixadora, entrelaçada
Com a roupa e o cheiro
No enunciado mudo
Da crença violada e rouca
Parágrafo desacrescentado
Umedecidos olhos negros
Na mania que impera e cega
Como fora em sonho
Um passado irrealizado
Se daqui pra frente será presente
Ou quiçá alegria consentida
O vermelho que a madrugada esconde
Traspassa-se, como essa índole
Extrema e nata
Miguel-
sexta-feira, 16 de abril de 2010
SEGUINTE
SEGUINTE
Vira
Podes não fazê-lo
Mas a intimidade do pensamento
Essa, não conjugarás
Que o estudo de ti será inconcluso
Da metade do livro que faltou
Aos olhos ávidos por decorar
Letra a letra, corpo e alma
Do começo ao fim e ao contrário
O amor, a sensação, o riso
De um soluço aflito
E toda a emoção fecunda
Própria ao dueto de improviso
Às reverências que sempre faço
E desconhecerás o quê do místico
Que há no secreto desse teu ar
E que contemplo de um tal jeito
Escancarado e às escuras
Tão belo mundo indefinido para mim
Assim agora tão faminto
Dos meus sonhos e de ti
Completamente
Miguel Eduardo Gonçalves
*** *** ***
SEGUINTE
Vira pássaro selvagem
Podes não fazê-lo num instante inteiro
Mas a intimidade do pensamento nas madeixas
Essa, não conjugarás em frases sonolentas
Que o estudo de ti será inconcluso cheirando a beijo
Da metade do livro que faltou num tórrido pedido crespo
Aos olhos ávidos por decorar bélicos parágrafos
Letra a letra, corpo e alma pontuando a luz partilhada
Do começo ao fim e ao contrário benção dessa graça
O amor, a sensação, o riso no altar da escrita
De um soluço aflito corpo em ode recém nascida
E toda a emoção fecunda como de vida um choro
Própria ao dueto de improviso na liga que solidifica-nos
Às reverências que sempre faço no bosque que tu acenas asas
E desconhecerás o quê do místico na penugem arrepiada
Que há no secreto desse teu ar divindade ônix
E que contemplo de um tal jeito pulsante e destemido
Escancarado e às escuras o segredo do enlevo
Tão belo mundo indefinido para mim amante
Assim agora tão faminto um olhar passeio
Dos meus sonhos e de ti alçando vôos paraíso
Completamente somos alma e desejo
Miguel Eduardo Gonçalves & Karinna*
*** *** ***
*
Enfim*
Pássaro selvagem
Num instante inteiro
Nas madeixas
Em frases sonolentas
Cheirando a beijo
Num tórrido pedido crespo
Bélicos parágrafos
Pontuando a luz partilhada
Benção dessa graça
No altar da escrita
Corpo em ode recém nascida
Como de vida um choro
Na liga que solidifica-nos
No bosque que tu acenas asas
Na penugem arrepiada
Divindade ônix
Pulsante e destemido
O segredo do enlevo
Amante
Um olhar passeio
Alçando vôos paraíso
Somos alma e desejo
Karinna*
segunda-feira, 12 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
FARO DO INSTINTO EM FLOR - Karinna* & Miguel
FARO DO INSTINTO EM FLOR (prosa poética)
Nesse outono despertar encanto, em que a luz deixa, forma e tributo, súbitas pegadas pele, num crescendo de arrepio o altar por que melhor o rumo me encaminhe viajantes colinas, e se rompa à resistência oferecida ilimitado fulgor, quando abaixo em teu semblante de flor tributo à beleza, aptidão, festa pagã, crescendo vontade devagar teus sibilantes segredos, vier ao instigante mar salgado.
- Cadeias de dunas são, que na mistura das divinas sensações, promessa viva brotar numa pedrinha de rubi, na fimbria, a expectativa do furor que se anuncie: nos ombros espalmada para alcançar-me rude, a morte na posição em que a libido se convença, em plena ressurreição, de que o mundo é mundo.
Karinna* e Miguel
bolhas de sabão, sensação, saudades em conta gotas
suicida fênix guerreira em luzente olimpo
domingo, 21 de março de 2010
DECLARAÇÃO ZEN... MULTIPLIX
sábado, 20 de março de 2010
Constelações//Navegando //Lumes//Aurorescentes
em teus olhos//marejados//gotas de luz//em céu aberto
pousam//em pequenos barcos//sorvem//um mar de rosas
minhas estrelas//a boiarem em tuas íris//tuas angústias//e devaneios
Karinna*//Mary//Mardilê//Miguel
Mary Fioratti, poetisa de Cincinnati, Ohio - USA
RELICÁRIO ENCASTELADO, UM GUARDIÃO CÉLERE NA RETINA
Relicário//Encastelado//Um Guardião//Célere//Na Retina
Rica íris//o beijo//detentor//perturba a paz//volúpia
Fecunda//nua alegria//consagra//imagem enamorada//frágil
Um olho pleno//desvenda//minha vida//invadida pelas emoções//por um instante
Karinna*// Miguel // Karinna*// Mardilê // Miguel
Karinna* - Simone Karina, poetisa gaúcha
Mardilê - Mardilê Friedrich Fabre, poetisa gaúcha
segunda-feira, 8 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
FLOR SILVESTRE
FLOR SILVESTRE
Na febre de um desejo rés da pele
É tal e forte a chama inebriada
Que o ato faz-se toda a temporada
E o mundo se tranforma e se derrete
Na dança ornamental apalavrada
O meu desejo inventa e não repele
Para gozar a festa faz confete
Pois tudo é força mágica e suada
São dias animados de luxúria
Para aquecer a cor da confidência
E tal segredo saia da clausura
Como supostamente uma evidência
Modele a paixão que se afigura
Fazendo-a perfeita em florescência
Miguel Eduardo-
sábado, 20 de fevereiro de 2010
PELAS RUAS DO INSTINTO
PELAS RUAS DO INSTINTO
Vendo os braços levantarem-se
Do vento arrancando aplausos
A cada passo dado sobre a fronte
E ao olhar imóvel e teso
Entre as pernas que encerram
Prendendo o tesouro em grades
São as mãos desentendendo-se
De tanto que se estapeiam
Pelos anais da provocação
Que aos poucos se desvenda
De um prazer arrebatado
Escancarando-se
Queimando em todo o lugar
Mar sem fundo em convulsão
Clamando em furor danado
À extravagante, curiosa e bela
Fruta saborosa no cio
Um espetáculo à parte
No quadro de um deserto
A sede e o oásis
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
PEDRA DESFERIDA
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
PASSE LIVRE
Mão
Valida
Espalha-se
A vaidade verifica
Sabe a verdade sanguínea
Esgota-se o estoque de horas
Na pausa da noite passa
Cumplicidade fia-se
Brota segredo
Amanhece
Cria
Miguel Eduardo-
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
ENQUANTO A BANDA PASSA
Enquanto a Banda Passa
Torna-se ópera fabulosa
Fatalidade da felicidade
Qualquer maneira de dissipar
A força, a moral e a fraqueza
Expressão alucinada
Quanto possível
Zumbe sinistra
E mesmo assim arrebata
Jamais sente ciúme
Do miserável rebanho
Foi anjo de outros
Decerto frívolo e capaz
Estado nefasto
De céu negro
Mais que sombrio
Eu te compreendo
Miguel Eduardo-
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
SUCUMBÊNCIA
Triste, louco d'outra sorte
Na lembrança de qual sumo
Beber desejo sem norte
Que sobreviva sem humo
Em cenário que comporte
A sanha do ir sem rumo
Se a vida em sequela parca
O não menos preterido
Grande feito em que se arda
Faz tragicamente o rito
Vai potente e vil embarca
N'abadia ao bel sentido
Qual natura mais bastarda
Saber-se adorno bendito
Miguel Eduardo Gonçalves
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
O BEIJO
De repente, o frescor da boca ávida
Em sua beleza ágil percorreu
Minha manhã de sol em brisa mágica
Segundo que surgiu do nada e ateu
Foi num dado momento fé didática
E então criando vida foi-se o breu
Altas resoluções aureolaram
A carne tenra, o rosto alvo e os passos
Que, como o ar no céu contido é lã
Alegria esquentou sentires lassos
Cenários inflamados coroaram
Pulsantes como ecos em mil braços
Carícias que se foram num afã
De fazer dos temores mil abraços
Miguel Eduardo Gonçalves
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
UNIVERSAL
Universal
A vida
Anseio
Das lantejoulas
Em cristais
Ousadamente...
Alentos.
Não tarda
Desejando provar
Em toque arrimo
A cerimônia...
Grande intento.
Arrimam-se
As partes
Belo misto
Pérola e púrpura
Em fruta...
Ardente impulso.
A folia
Doma
Um touro...
De costas
Na esparrela...
Sob as saias.
Eternizam-se
Guerreiros
Soberbo mundo
Em bela forma
Olímpica deidade
Alarga o estreito céu
Entre mim...
-signo que o ser entesa –
Miguel Eduardo
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
NO CIO
NO CIO
serpenteada
alveja
desdobra-se o espaço...
em pele
crispada
espada...
não finge
mima
o nu!
Miguel Eduardo
sábado, 16 de janeiro de 2010
O enredo
O enredo
Sem castigo
em prateados versos
onde a idéia persiste
melhor festa
o corpo cheio!
Mulher aos pedaços
um drinque à minha cobiça
as pernas trançadas
pedem um look...
Realçados destaques
em novos ânimos
espada de astro
e o timbre!
A lança...
Pela Alameda.
Miguel Eduardo
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
A vida mostra aqui, não mostra lá... - Soneto
A vida mostra aqui, não mostra lá
O que diante dela se vislumbra.
Estrada é para todos como o ar
Carícia procurada que retumba...
Atores num tablado em tafetá
Tecido, exibem prova que deslumbra
Cinge as futilidades de um altar
E da crença, a tolice que os incumba.
Evidência glosada de um ser nulo
Egoísta e banal caricatura
De um veneno letal que o anula:
Uma linda mulher é seu casulo
Da explosão que ilumina como a cura...
Fingida, entretanto, só o adula!
Miguel Eduardo Gonçalves
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
ENIGMA - SONETO INVERTIDO
ENIGMA
Na minha mente dando de aforista
Tua língua escapa quando tu te findas
Viúvo sol do vento amoralista
Solta, pairante voz, lembrança à vista
De um estrelado cio de ideias lindas
No breu noturno acende ela ametista
A ver corando o dia incertas vezes
Ficasse eu só memória e pura crença
Qual uma escada ao céu levando adeuses
Por si demente e esguia ogiva intensa
No mar ser livre e langue tal sereia
Regada em vento bem para na ida
Dar-se em capricho ao ar e à muda areia
Como quisesse ser carícia e lida
Miguel Eduardo Gonçalves
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
CONFLITO DE INTERESSES
Conflito de Interesses
A inquietação dos perfumes
Nos ares da madrugada
Onde piscam vaga-lumes
Quetais olhares da amada
É afetação dos costumes
Por que a fada é contemplada
Pois se atormentam ciúmes
Por querê-la apaixonada
E com todas as centelhas
Desejando até tostar
Ser o mel de mil abelhas
Adoçando até melar
Miguel Eduardo-