IMPAGÁVEL
Vendo os braços levantarem-se
Do vento arrancando aplausos
A cada passo dado sobre a fronte
E ao olhar imóvel e teso
Entre as pernas que encerram
Prendendo o tesouro em grades
São as mãos que se vão desentendendo
De tanto que se estapeiam
Pelos porquês do escuro radiante
Que aos poucos se desvendam no mexer
Encantos de um sonho arrebatado
Escancarando-se, queimando em todo o lugar
Mar sem fundo em convulsão oferecida
Clamando em eco um furor que estarrece
A extravagante, curiosa e bela
Fruta saborosa no cio
Espetáculo à parte
No quadro de um deserto
Objeto de arte
A sede e o oásis
Miguel Eduardo Gonçalves
3 comentários:
Vendo os braços levantarem-se//Saudando a felicidade
Do vento arrancando aplausos//Tal a magia do espetáculo
A cada passo dado sobre a fronte//Iluminada, colorida
E ao olhar imóvel e teso//Compenetrado
Entre as pernas que encerram//Desejos, emoções
Prendendo o tesouro em grades//Grilhões
impenetráveis
São as mãos que se vão desentendendo//Incontidas
De tanto que se estapeiam//Expulsando desvarios
Pelos porquês do escuro radiante//Insondável
Que aos poucos se desvendam no mexer//incontrolável
Encantos de um sonho arrebatado//Extasiado
Escancarando-se, queimando em todo o lugar//Brasas incandescentes
Mar sem fundo em convulsão oferecida//Por ondas enfurecidas
Clamando em eco um furor que estarrece//Enlouquece
A extravagante, curiosa e bela//Radiante de formosura
Fruta saborosa no cio//Aguardando o saborear
Espetáculo à parte// Majestoso, inebriante
No quadro de um deserto//Gélido, inerte
Objeto de arte//Relíquia inestimável
A sede e o oásis//Refrescante, acariciante.
De tão bela mais essa produção, Miguel, não resisti.
Aventurei-me num dueto.
Beijo com carinho.
Marilândia
Amigo...
"Do vento arrancando aplausos"
Tão lindo... Que o silêncio pode
macular!!!
Beijos muitos...
No coração!!!
Iza
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